quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pescaria com bombas

A pesca é uma técnica utilizada, inicialmente, para sobrevivência das pessoas.Porém, com o crescimento da comercialização de peixes e mariscos, esta prática fugiu ao controle, tanto dos pescadores amadores e experientes, quanto dos órgãos de fiscalização e da população. Grupos têm utilizado técnicas ilegais como a pesca com bomba, visando praticidade e resultados mais imediatos, causando danos sociais e ambientais.A pesca com bombas é considerada um ato ilícito por afetar não só a cadeia alimentar, por destruir grandes cardumes e animais ainda em processo de maturação ou em fase de reprodução, como também por afetar a biota aquática, destruindo corais, eliminando algas, que são alimentos de várias espécies.
As bombas utilizadas na captura de peixes são de três tipos: caseira, fabricada com pólvora de bombinhas e fogos juninos pequenos, coloca-se o pó em um saco de papel grosso, amarrando-o com barbante, o pavio também é aproveitado. Havendo frestas, utiliza-se ainda parafina para tapá-las; de fundo, feita de clorato de potássio misturado com enxofre, salitre e carvão; dinamite gelatinosa com espoleta pirotécnica.Ao ser jogada no mar, a bomba nem sempre mata os peixes pela explosão em si, mas também pelas ondas de energia emitidas após a detonação e pelo barulho que faz.
O dano ambiental envolve todo o patrimônio natural, inclusive recifes e manguezal, fontes ricas de alimentos. Além disso, põe em risco as pessoas que estejam mergulhando, nadando ou navegando e os próprios praticantes, podendo causar surdez, cegueira, mutilações e morte.A prática amplia, a curto prazo, a fonte de renda do pescador, por isso expandiu-se, sendo ainda mantida como tradição familiar. A maioria dos infratores é vítima do desemprego, da pobreza e da falta de perspectiva, por isso opta por atividades ilegais pela aparente praticidade e até mesmo por desconhecimento sobre os impactos sociais, econômicos ou ambientais.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Projeto Tamar já salvou 10 milhões de filhotes

O Projeto Tamar - Tartaruga Marinha está comemorando 30 anos. Nestas três décadas, já salvou da extinção em torno de 10 milhões de filhotes, das cinco espécies existentes no litoral brasileiro. A partir de 2009, são calculadas em um milhão as tartarugas a serem preservadas por ano. Hoje, o Projeto Tamar/ICMBio (Instituto Chico Mendes da Biodiversidade) tem 23 bases no litoral brasileiro, de Santa Catarina ao Ceará, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso desses animais.
Os números foram apresentados durante o 4 Congresso Brasileiro de Oceanografia, realizado na Universidade Federal do Rio Grande na semana passada, pelo casal Guy e Neca Marcovaldi, egressos da instituição e fundadores do Tamar. Para Neca, a grande razão do sucesso do projeto é envolver em todas as etapas as comunidades onde se desenvolve o trabalho. Há 30 anos, decidiu-se pela atuação com os pescadores, a fim de aprender com eles os hábitos das tartarugas nas praias. Dessa forma, os integrantes do Tamar conquistaram a confiança das populações e as trouxeram para o projeto, gerando alternativa de renda às famílias e multiplicando a conscientização para a preservação.
Hoje, os "tartarugueiros" das comunidades monitoram, diariamente, 5 quilômetros de praia para proteção e acompanhamento dos animais, bem como coleta padrão e regular de dados com os pesquisadores. Também são realizadas pelo Tamar atividades de pesquisa nos ambientes, desde 1984, por meio de técnicas de mergulho. Isso possibilita a compreensão da dinâmica das populações das espécies.
Em 2001, o projeto participou da formação do Plano Nacional para a Redução da Captura Incidental de Tartarugas Marinhas pela Pesca. Os resultados, segundo Neca e Guy, só foram obtidos devido ao trabalho junto às comunidades de pescadores. Um exemplo está na pesquisa com tipos de anzóis. Um deles, criado pelos pesquisadores e pescadores, reduz em mais de 30% a mortandade em uma espécie de tartaruga e 50% em outra.
Todos os dados coletados pelo Tamar estão disponíveis para pesquisas, desde que haja solicitação e se apresente o projeto a ser desenvolvido. A iniciativa tem ainda confecções, publicações e centros de visitação, cuja renda é revertida para estudos e preservação. Um dos dados divulgados aponta que, para cada tartaruga apresentada nos centros de visitação, 100 mil outras são salvas, graças ao conhecimento propiciado por esse contato, em especial de crianças e jovens conquistados pela educação ambiental.

Por CARMEM ZIEBELL
CORREIO DO POVO- PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Emissários submarinos

Emissários submarinos são tubulações utilizadas para o lançamento de esgotos sanitários ou industriais no mar, visando a grande capacidade de diluição do oceano devido ao seu volume, que é extenso. No Brasil há dezenas de emissários submarinos, incluindo, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, entre outros estados.
Será essa, a melhor medida em termos ecológicos?!

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Catástrofe ecológica.

Nos últimos dias, uma notícia preocupante está em destaque em diferentes jornais do mundo inteiro: O vazamento de petróleo no Golfo do México que está chegando à costa dos EUA.
Os EUA pode demorar 3 meses para conseguir conter esse vazamento, o qual está ameaçando alguns estados, incluindo a Florida, que declarou estado de emergência. A Guarda Costeira Americana, a Marinha e os técnicos da BP (British Petroleum) estão ligeiramente, colocando barreiras artíficiais no mar para eviter que a mancha de petróleo chegue à costa. Porém há um problema, a circunferência da mancha se estende por quase 1000 km, e essas barreiras chegam, apenas, a 200 km.
O presidente dos EUA, Barack Obama, declarou que não vai mais autorizar perfurações na costa enquanto as companhias petroleiras não adotarem novas medidas de segurança que previnam o mesmo tipo de explosão que aconteceu na plataforma da BP.
Tal vazamento ameaça mais de 10 reservas naturais, as quais serão prejudicadas, havendo a morte de seres que habitam esse espaço.